segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Games da Atari têm fim?

Um tema que sempre despertou a curiosidade dos gamers de todo o planeta é: os jogos do saudoso Atari possuem um final?Games como Pitfall, River Raid, entre outros, foram os alvos perfeitos para a criação de verdadeiras “lendas urbanas”. Jogadores viciados afirmam ter passado até um dia inteiro jogando sem que se chegasse a um final.



Bom, pesquisando na internet e no meu acervo de publicações da época, encontrei defensores de diversas teorias, além de algumas informações interessantes: Pitfall, por exemplo, tem 255 telas diferentes, além de um limite de tempo de 20 minutos. Logo, o objetivo era passar por todas as telas dentro deste tempo, o que poucos conseguiam. Mas não há um final: as 255 telas fecham um ciclo onde volta-se para a tela inicial. Mesmo que o tempo fosse maior, não haveria para onde o jogador se locomover, exceto passar pelas 255 telas novamente.



Em outros games, o mistério permanece: alguns afirmam que determinados cartuchos congelam quando se atinge determinada pontuação.


Para esclarecer, vamos recorrer a algumas considerações técnicas: o Atari tinha limitações muito sérias no que diz respeito ao seu hardware e capacidade de memória. Portanto, não existe a possibilidade de um jogo como River Raid, por exemplo, não ter fim, pois todas as telas e inimigos que aparecem são previamente programados. Não é a máquina que os inventa.



Em outros games, onde as telas são idênticas, mesmo que o jogo se reinicie indefinidamente, a memória do cartucho também encontrará um limite para processar a pontuação. Em determinado momento, o software do jogo não conseguirá contabilizar este score, devido a esta limitação técnica.



Existem diversos relatos de gamers dizendo que os jogos travam quando se atinge uma determinada pontuação. Isso faz todo o sentido. Claro que esta pontuação limite pode ser tão absurdamente alta, que será quase impossível alcança-la.


Podemos traçar um paralelo com nossos telefones celulares. Todos eles, hoje em dia, possuem recurso de agenda e calendário. Porém, no calendário, pode ser que eles contabilizem apenas anos com quatro dígitos (por exemplo, 2126). Se por algum milagre da Medicina eu conseguir viver até o ano 10.000, e a Vivo ainda existir enquanto operadora de telefonia móvel, certamente teria que trocar de aparelho por um que aceite anos com cinco dígitos, pelo menos se quisesse continuar a utilizar a função calendário...



No mais, jogos dessa época não eram planejados para que alguém “chegasse ao fim”. Este foi um conceito introduzido posteriormente nos games. Na época do Atari, o importante mesmo era se divertir ao máximo, disputar a melhor pontuação com outras pessoas e imaginar um provável final para o jogo!


Para encerrar o tema, disponibilizo abaixo um vídeo que encontrei no YouTube. Nele, vemos o jogo River Raid com a pontuação de 999 mil, quase chegando a um milhão. Não tive condições de averiguar se o vídeo é real ou não, mas está de acordo com tudo o que falamos anteriormente.


http://www.youtube.com/watch?v=J0kQ1bb5tXo

2 comentários:

  1. Você está errado sobre o Pitfall. Ele tem um final, que acontece quando você coleta os 32 tesouros.

    Ocorre que não basta ir simplesmente para a esquerda ou direita, você tem que seguir o caminho correto, senão o tempo acaba antes disso.

    Faça um teste: caia num buraco e vá para a direita. Volte e vá para a direita, mas por cima. O caminho é outro.

    Tem trechos onde é preciso ir para a direita e, em outros, ir para a esquerda. Eu já consegui.

    Outro que tem final é ET, e Superman também.

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  2. No Mario Bros, que foi o único que cheguei ao "final", o score zera e começa tudo novamente - fases, pontos etc.

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