terça-feira, 24 de novembro de 2009

Guardians of the hood: um injustiçado?


No início dos anos 90, quando os consoles de 16 Bit dominavam o mercado e os hardware de 32 Bit começavam a pipocar nas manchetes de jornais e revistas especializadas, games com gráficos poligonais, 3D, texturas e realidade virtual eram coisa de outro mundo.

Nesta fase da indústria dos games, o máximo em matéria de modernidade eram jogos com gráficos digitalizados, ou seja, com imagens de atores no papel dos personagens ao invés de desenhos em pixels.

Foi nesta fase que surgiram jogos clássicos como Mortal Kombat, Mad Dog Macree, Pit Fighter, entre tantos outros que apostavam nas imagens digitalizadas para garantir mais realismo aos games.

No caso específico dos games de luta, Pit Fighter e Mortal Kombat são exemplos de sucesso. O primeiro, lançado pela Atari, era no estilo beat´n up, ou seja, o personagem anda pela tela, se deslocando tanto na horizontal quanto na vertical e esmurra quem aparecer pela frente. Ao lado, pancadaria na estação do metrô, cenário clássico dos jogos de luta.

Apesar disso, Pit Fighter ainda podia ser considerado um jogo de luta um contra um (a menos que você estivesse no modo de 2 ou 3 jogadores, apenas um adversário se apresentava para lutar por vêz - exceto pela penúltima fase, onde o game apelava...).

Mas verdadeiros beat´n ups como Double Dragon, Streets of Rage e Final Fight ficaram sem um representante digitalizado à altura.

Bom, isso é o que a maioria pensa. Contagiada pelo sucesso de Pit Fighter, a própria Atari desenvolveu o game Guardians of the Hood, que nada mais é que um Final Fight com imagens de atores digitalizados. Da mesma forma que nos jogos do gênero, além de murros e coices, era possível pegar objetos espalhados pelo cenário e utilizá-los como arma. Na foto ao lado, por exemplo, a heroína arremessa um mendingo contra o vilão (o que os sociólogos diriam desta cena?).

Curiosamente, o que deveria representar um sucesso foi um retumbante fracasso. No próximo post avaliaremos o porquê de um jogo aparentemente inovador ter sido uma vergonha para a Atari.

Deu no jornal O Globo! Novo site da Atari!

Atari relança site com jogos clássicos de graça

Publicada em 24/11/2009 às 15h35m

O Globo

Asteroids

RIO - A saudosa Atari relançou seu website com uma nova estratégia para entrar no século XXI. A página traz uma loja virtual de jogos e versões gratuitas de alguns dos arcades mais clássicos da empresa de videogames (...)

Pessoal, vejam a matéria completa aqui:

Rio Game Show!

Este final de semana acontece mais uma edição do Rio Game Show, evento que está despontando no Brasil após anos de carência de uma boa feira de games. A programação oficial e os expositores podem ser conferidos no site www.riogameshow.com

A programação de palestras está bem interessante e conta inclusive com uma vídeo conferência com Ralph Baer, considerado o pai dos videogames.

Durante o evento também haverá uma exposição contando a história dos videogames. Uma excelente pedida para quem quer conhecer um pouco mais do passado dos jogos eletrônicos. A galera do PixelClub estará lá para dar uma conferida.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Campanha histórica do Master System é indicada por publicitário!

Muito legal! Saiu no blog do Carlos H. Vilela, o CHMKT, um post no melhor estilo "recordar é viver" relembrando a campanha de lançamento do Sega Master System no Brasil, trazido pela Tec Toy (que hoje é uma das cabeças do projeto Zeebo).

Na época, a Tec Toy tinha uma missão bastante complicada: bater a concorrência nacional e barateira de uma dúzia de empresas que obtiveram licença para produzir videogames com o sistema Nintendo (tanto o americano quanto o japonês) em território nacional.

O Master System foi um sucesso aqui, apesar de não ter sobrevivido à avalanche da Nintendo no resto do mundo, inclusive no Japão.

Veja aqui o post completo no blog do Carlos Vilela.

Os 100 melhores de todos os tempos

Tive acesso nesta semana a lista dos 100 melhores games de todos os tempos, elaborada pela revista britânica Stuff (agradecimentos ao diretor de criação da DOC, Bernardo Winits). A lista é bastante eclética e traz games desde consoles como ZX Spectrum até PS3 e XBOX 360. Bem legal. Estou terminando de ler e nos próximos posts, colocarei aqui alguns condecorados neste ranking. Mas eu adianto que há controvérsias!

domingo, 11 de outubro de 2009

Video Pit Fighter

Ok, se vocês acham que a pancadaria era pouca no game Pit Fighter, olhem este vídeo com alguns rounds do jogo. Loucura total!

Um clássico da pancadaria

Muitas pessoas acham que Mortal Kombat foi o primeiro game de luta a inaugurar a tendência “violência total associada a gráficos digitalizados” (ou seja, com atores reais interpretando os personagens) e brutalidade em doses cavalares na tela. Na realidade, um pouco antes de Mortal Kombat assumir este reinado, um outro game de luta reinou absoluto neste quesito: Pit Fighter.


Houve uma época em que os games de luta estilo one to one não eram os predominantes no mercado. Pelo contrário: nesta fase pré-Street Fighter II, os maiores clássicos do gênero eram beat-n-ups, ou seja, games onde o herói se desloca por um cenário descendo a porrada em quem aparece pela frente.


Pit Fighter, no entanto, parecia mistura os melhor dos dois estilos de jogo. Sua jogabilidade era de um beat-n-up (com o boneco se deslocando em todas as direções da tela, vertical e horizontalmente) mas os combates eram um contra um (pelo menos no modo single player).

O roteiro do game era bem simples: três desafiantes (Buzz, um westler, Kato, um karateka, e Ty, um kickboxer) resolvem entram em uma competição estilo vale-tudo (tudo mesmo, inclusive cadeiradas, facadas e levar porretada da torcida vândala...) na tentativa de ganhar dinheiro quebrando a cara dos outros. Naquela época, o desemprego já assustava...

Não havia esquema de rounds, como em jogos de luta um contra um. Cada batalha terminava quando o adversário era derrotado e ponto. Para isso, valia até mesmo pisar nele enquanto tentava se levantar, ou arremessá-lo contra a torcida. Ao todo, eram 8 inimigos que se revezavam contra você em 12 rounds.

Outra novidade: caso você jogasse sozinho, teria pela frente um adversário por round. Se um companheiro jogasse ao seu lado, vocês teriam uma dupla pela frente. Caso um terceiro jogador entrasse em cena, seriam três contra três, em uma verdadeira batalha campal. Em tamanha confusão, não era raro você acertar ou ser atingido por seu companheiro de equipe.


Embora muitos critiquem a jogabilidade, Pit Fighter fez enorme sucesso e se tornou febre, não apenas no Brasil. Tanto que ganhou conversões para os principais consoles da época (diga-se de passagem, estas conversões são culpadas por 90% das críticas ao game, pois nenhuma se equiparou ao jogo original, lançado nos fliperamas).

Pit Fighter foi lançado nos arcades em 1990 pela Atari. Nos anos seguintes, ganhou versões para Mega Drive, Super Nintendo, Amiga, Amstrad CPC, Atari ST, C64, DOS, Game Boy, Lynx, Master System e ZX Spectrum. Até um protótipo para o praticamente falecido Atari 7800 começou a ser desenvolvido (tosco demais...).

Reparem: de todas estas conversões, apenas a do Mega Drive prestava. Apesar de gráficos bem mais simples que os do arcade, a jogabilidade era excelente e todos os rounds do fliper estavam presentes. A do Super Nintendo, muito aguardada, tinha gráficos superiores, mas apenas quatro adversários (dos oito presentes no game original), ou seja, uma piada.

Seja como for, Pit Fighter é um game para quem gosta de pancadaria à moda antiga: nada de combos, defesas ou magias espetaculares. Pelo contrário: distribua porrada em todas as direções, cuidado para não atingir seus companheiros de equipe, jamais se aproxime da torcida e boa diversão!




segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mouse Trap! O concorrente do Pac-Man!


Alguém aí lembra do jogo Mouse Trap? Concorrente direto do clássico Pac-Man, Mouse Trap foi lançado nos arcade em 1981 pela empresa Exidy. Trazendo algumas inovações no velho esquema "labirinto - come peças - foge dos inimigos", o jogo fez sucesso e no ano seguinte (1982) ganhou versões para os principais sistemas domésticos do mercado: o Atari 2600, o Colecovision e o Intellivision. Todas as três versões foram lançadas e distribuídas pela própria Coleco, detentora do console Colecovision.

No game, você é um simpático rato (com cara de E.T, principalmente na versão do Atari 2600) que deve comer todos os queijos do labirinto e fugir dos ratos. Quando pega um item especial, o jogador se transforma em um bulldog e pode detonar os bichanos. Ao lado, a versão Intellivision.

A grande diferença de Mouse Trap para seu concorrente Pac-Man é que o labirinto tinha passagens que podiam ser abertas e fechadas pelo jogador, o que permitia criar armadilhas e até mesmo prender os gatos em determinadas situações.

As quatro versões do jogo eram muito diferentes entre si. A do Atari 2600 apresentava os gráficos mais fraquinhos. As versões arcade, Colecovision e Intellivision tinha mais cores e até alguns elementos extras, como uma águia que surgia no mapa e que poderia detonar o jogador, mesmo que ele estivesse na forma de bulldog. Ao lado, a versão Colecovision.


Mas é provável que o item mais prejudicial ao game Mouse Trap fosse a sua própria jogabilidade, principalmente na versão Atari. Passados alguns níveis, os gatos ficavam tão estupidamente rápidos, que o game se transformava em um desafio beirando o impossível. Bom, se bem que isso era típico dos jogos naquela época, não? Ao lado, imagem da versão Atari 2600. Vejam se o ratinho não parece mais um E.T!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Skatistas loucos por Tetris!

Saiu no blog do caderno Digital, do jornal O Globo. Olha o que os carinhas loucos por Tetris, um dos games mais clássicos da história, fizeram. Muito legal!



Video Game Live!


Rolou ontem em Belo Horizonte, está rolando hoje em Salvador e no dia 4 vem para o Rio de Janeiro! É a turnê 2009 do Video Games Live, que encerra sua passagem pelo Brasil dia 10 de outubro, com apresentação em São Paulo.

Para quem não sabe, o Video Games Live é um show que apresenta músicas de videogames. Sucesso no mundo inteiro e imperdível para fans! Mais detalhes em www.videogameslive.com.br

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Especial jogos bizarros! Sexo Man!!!


Ele não está na lista dos 100 melhores jogos. Possivelmente não está na lista dos 10.000 melhores jogos! Mas não resta a menor dúvida de que estamos tratando de um clássico. Um pouco subversivo, com gráficos toscos e uma jogabilidade horrorosa, X Man (Sexo Man, como era conhecido aqui no Brasil) ficou popular na década de 80 para quem tinha o Atari 2600 em casa.


Se tudo era ruim neste jogo, você já deve ter imaginado que o único motivo para que ele seja lembrado é pelo tema: pura sacanagem. O game foi desenvolvido e lançado pela Universal Gamex em 1983.

Salvar o mundo? Resgatar uma donzela em perigo? Vingar a morte de seu mestre? Nada disso. O objetivo era levar o herói por um labirinto cheio de tesouras, lagostas e outros itens sexualmente destrutivos e chegar a um quarto onde uma mulher lhe esperava em posições "bastante amigáveis".

Para a época, era a maior inovação do mundo e a molecada logo elegeu X Man um verdadeiro clássico. Outros jogos bizarros seguiram na mesma linha, também para o sistema 2600. Falaremos deles em outra ocasião.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ainda da série River Raid ending! Dizem que apenas 5.000 cartuchos tinham este final...

Final do River Raid

Games da Atari têm fim?

Um tema que sempre despertou a curiosidade dos gamers de todo o planeta é: os jogos do saudoso Atari possuem um final?Games como Pitfall, River Raid, entre outros, foram os alvos perfeitos para a criação de verdadeiras “lendas urbanas”. Jogadores viciados afirmam ter passado até um dia inteiro jogando sem que se chegasse a um final.



Bom, pesquisando na internet e no meu acervo de publicações da época, encontrei defensores de diversas teorias, além de algumas informações interessantes: Pitfall, por exemplo, tem 255 telas diferentes, além de um limite de tempo de 20 minutos. Logo, o objetivo era passar por todas as telas dentro deste tempo, o que poucos conseguiam. Mas não há um final: as 255 telas fecham um ciclo onde volta-se para a tela inicial. Mesmo que o tempo fosse maior, não haveria para onde o jogador se locomover, exceto passar pelas 255 telas novamente.



Em outros games, o mistério permanece: alguns afirmam que determinados cartuchos congelam quando se atinge determinada pontuação.


Para esclarecer, vamos recorrer a algumas considerações técnicas: o Atari tinha limitações muito sérias no que diz respeito ao seu hardware e capacidade de memória. Portanto, não existe a possibilidade de um jogo como River Raid, por exemplo, não ter fim, pois todas as telas e inimigos que aparecem são previamente programados. Não é a máquina que os inventa.



Em outros games, onde as telas são idênticas, mesmo que o jogo se reinicie indefinidamente, a memória do cartucho também encontrará um limite para processar a pontuação. Em determinado momento, o software do jogo não conseguirá contabilizar este score, devido a esta limitação técnica.



Existem diversos relatos de gamers dizendo que os jogos travam quando se atinge uma determinada pontuação. Isso faz todo o sentido. Claro que esta pontuação limite pode ser tão absurdamente alta, que será quase impossível alcança-la.


Podemos traçar um paralelo com nossos telefones celulares. Todos eles, hoje em dia, possuem recurso de agenda e calendário. Porém, no calendário, pode ser que eles contabilizem apenas anos com quatro dígitos (por exemplo, 2126). Se por algum milagre da Medicina eu conseguir viver até o ano 10.000, e a Vivo ainda existir enquanto operadora de telefonia móvel, certamente teria que trocar de aparelho por um que aceite anos com cinco dígitos, pelo menos se quisesse continuar a utilizar a função calendário...



No mais, jogos dessa época não eram planejados para que alguém “chegasse ao fim”. Este foi um conceito introduzido posteriormente nos games. Na época do Atari, o importante mesmo era se divertir ao máximo, disputar a melhor pontuação com outras pessoas e imaginar um provável final para o jogo!


Para encerrar o tema, disponibilizo abaixo um vídeo que encontrei no YouTube. Nele, vemos o jogo River Raid com a pontuação de 999 mil, quase chegando a um milhão. Não tive condições de averiguar se o vídeo é real ou não, mas está de acordo com tudo o que falamos anteriormente.


http://www.youtube.com/watch?v=J0kQ1bb5tXo

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Os esquecíveis da Atari!

A Atari foi, durante um período da história dos games, uma das maiores empresas do setor, tendo vendido seus consoles e cartuchos para todos os cantos do planeta. O que pouca gente sabe, pelo menos aqui no Brasil, é que na área de videogames (não vamos incluir aqui os computadores pessoais que a empresa lançou na década de 80) a Atari foi bem mais que "o Atari".

Por aqui foi lançado apenas o modelo Atari 2600, também conhecido como o Atari "clássico".


Além do clássico, o modelo 2600, a empresa ainda lançaria na década de 80 outros dois modelos, que não chegaram ao mercado nacional e que, em matéria de capacidade de processamento, estavam próximos a consoles consagrados da terceira geração, como Master System e o bom e velho Nintendinho. Abaixo, o console Atari 5200.



Depois deste, a empresa ainda lançou o Atari 7800, modelo com qualidade e especificações técnicas superiores aos seus "irmãos mais velhos". Curiosamente, após o 2600, a Atari não conseguiu mais emplacar nenhum modelo.

Por volta de 1984, o mercado internacional de games se retraiu (a época é conhecida como o crash de 1984) e a Atari, entre tantas outras empresas, foi uma das atingidas. Mesmo com consoles superiores que a concorrência, como o 5200 e 7800, a empresa nunca mais obteve o mesmo sucesso de antes. Quando a indústria dos videogames voltou a se aquecer, ainda na década de 80, o mercado foi totalmente dominado por empresas japonesas (Sega e Nintendo, além de algumas investidas da Nec).

Na década de 90, quando todo o mercado se degladiava pela supremacia da era 16 Bit (Mega Drive e Super Nintendo), a Atari tentou surpreender o mundo lançando um console de 64 Bit. Para a época, era um salto tremendo que deixaria a concorrência comendo poeira.


Foi quando a empresa anunciou o console Jaguar, que tinha a missão de revolucionar o mercado e trazer a Atari novamente para a supremacia na milionária indústria dos jogos eletrônicos. Suas maiores concorrentes (Sega e Nintendo) ainda estudavam lançar consoles de 32 Bits nesta época e o Jaguar tinha tudo para ser um arrasa-quarteirão.

Mesmo assim, a Atari mais uma vez não decolou. O Jaguar não era tudo aquilo que prometia, não tinha jogos muito chamativos e suas vendas no mercado americano foram fracas. A empresa ainda lançou um drive de CD (Jaguar CD), mas não emplacou. Por essas e por outras é que Atari, até hoje, é sinônimo do bom e velho Atari 2600, com seu acabamento em madeira e jogos clássicos como Pitfall, Enduro, River Raid entre outros.

Terminal Terror. Um shooter injustiçado!


Jogos de tiro em primeira pessoa, como Wolfstein 3D, Doom e similares, fizeram extremo sucesso na década de 90. Naquele período, os First Player Shooters eram o máximo que se obtinha em termos de realidade virtual e "imersão" do jogador no game.

Terminal Terror é um entre dezenas de títulos que foram despejados no mercado pelos desenvolvedores. Sofreu grandes injustiças, talvez por um problema de timing. Lançado em 1994, seus gráficos eram fracos, mesmo se comparados a games lançados dois anos antes, como o próprio Wolfstein 3D e sua sequência, Spear of Destiny. Além disso, em 1994 foi lançado Doom, jogo que revolucionou em todos os quesitos e se tornou lenda.

Mas então por que Terminal Terror é um injustiçado? Este game inovou no quesito jogabilidade e foi o primeiro do gênero a inserir elementos de RPG. O jogador realmente tinha que acompanhar o roteiro e agir de acordo com as necessidades. O jogo se passa em um aeroporto que foi sequestrado por terroristas e você é chamado para salvar o dia.



Em alguns momentos, será preciso usar de armas não letais para não matar reféns nem personagens importantes. Em outra passagem, você tem que correr (isso mesmo, correr) atrás de um dos terroristas e capturá-lo com vida.

Sem falar que o jogador tinha a liberdade para explorar o cenário do aeroporto (inclusive fugindo pelos esgotos, em alguns momentos).

Posso falar com conhecimento de causa, pois joguei e zerei este game. Vale dar uma chance a Terminal Terror. Como virou abandonware, pode ser facilmente baixado na internet.

O eterno camisa 11!


Quem não se lembra do maior goleador da história da seleção brasileira? Pelé? Romário? Ronaldo? Zico? Nada disso: o nome dele é Janco! Sim, Janco Tiano, o camisa 11 da primeira e clássica versão do Fifa Soccer para Mega Drive.

Fifa Soccer 94 foi lançado pela EA Sports para o console 16 Bit da Sega e foi sucesso absoluto. Os programadores deixaram à disposição dos jogadores seleções dos mais diversos países. Mas certamente a equipe desenvolvedora do jogo não conhecia muito bem o Brasil, pois os nossos jogadores tinham os nomes mais escabrosos. Janco Tiano era o camisa onze, nosso goleador, o cara!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Revista que já nasce clássica!


Para quem não sabe, já está nas bancas a primeira edição da Old!Gamer, revista destinada aos amantes dos jogos clássicos! Os caras estão fazendo um trabalho campeão. A Old!Gamer já nasce como um clássico! Vale a conferida!

Grande começo!


Finalmente, estou fazendo o primeiro post no Pixel Club, um blog destinado aos amantes dos videogames clássicos. Acompanhado do amigo Ricardo Lira, pretendo utilizar o nosso espaço nesta página para lembrar de jogos incríveis, consoles, arcades, portáteis, personagens, polêmicas, curiosidades e também tudo o que rolou de bizarro e esquisito na indústria dos jogos eletrônicos. Espero que todos gostem do conteúdo! E continuem nos acompanhando!

Velhos consoles, velhas disputas




No final dos anos 80 chegava por aqui os consoles chamados de 3a. geração, que vinham com tudo pra alcançar o mercado de maníacos por videogames. Lembro de entrar em uma loja chamada Breno Rossi e ver na tela Super Mario Bros. Fiquei impressionado com a qualidade gráfica e queria ter aquele jogo do encanador.

Empresas como Dynacom, Gradiente e CCE, arriscaram por aqui suas versões do 8-Bit compatível com o Nintendo. Os títulos vieram diversos: Intelevision II, Phantom System, Bit System, Top Game... Um servia mais pra jogos americanos outro para japoneses, outro tinha dois slots como o Top Game. No meio disso tudo, a Tec Toy lançou o Master System da Sega no Brasil, com pistola e óculos 3-D (apenas alguns jogos). Vinha também com o jogo Hang On na memória, coisa que outros consoles não tinham. Mas ao mesmo tempo, enquanto os jogos de Nintendo tinham facilidade pra entrar, mas dificuldade pra pegar, os de Master tinham facilidade pra pegar e uma dificuldade enorme pra sair (Quase se pisava no console pra tirar o cartucho).

A disputa de mercado era grande e logo havia seguidor de um console ou outro, mas nunca os dois. A Nintendo apostava em títulos de várias empresas como as sequências de Super Mario Bros, Megaman, Castlevania, Zelda e Ninja Gaiden; o Master System tinha o próprio herói Alex Kidd, mas com a produção de jogos sendo feita apenas pela própria empresa, nenhuma sequência chamava grande atenção. Entretanto, foi grande o sucesso de arcades como After Burner, Out Run e Golden Axe e de outros clássicos como Castle of Illusion, Double Dragon e Shinobi.

Outro console que veio a disputar o mercado foi o Atari 7800, mais potente que o Nintendo e o Master System, porém a Atari ficou a um bom passo atrás visto que grandes empresas de jogos já possuíam contrato exclusivo com a Nintendo. O Brasil não chegou a lançar o console devido ao fracasso anterior do Atari 5200, a Gradiente simplesmente não renovou o contrato com a empresa, deixando o 7800 longe dos consumidores daqui.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Welcoming...

Bem vindos ao Pixel Club!

Este blog é uma iniciativa do Timor e do Lira (eu), que visa nada menos do que compartilhar os velhos tempos onde empilhávamos os cartuchos de Atari no carpete do quarto para começar a competição e o restante ficava em uma caixa de sapatos da Topper. É um blog dos detalhes de quando se calçava o contato do joystick com um livro ou chinelo para fazê-lo pegar, ou quando se assoprava o cartucho por baixo.

São os detalhes, são os Pixels, e são nostálgicos! Muitos deles que encontramos por aí perdidos na nossa vivência de gamers das antigas.

Incrivelmente as histórias infindáveis parecem estar no passado. Hoje em dia a supremacia das empresas competidoras e das fusões de mercado transformou tudo em um PC-prototype, onde o computador "chama" os jogos que aparecerão nos consoles. Nossa alma de infância está cansada de títulos baseados em filmes que não dizem mais tanto, assim como uma enxurrada de jogos infantis que teríamos odiado mesmo aos 10 anos de idade. Inclusive Mario Bros não nos apetece com suas infindáveis continuações, visto que muitos outros títulos não continuaram.

Os velhos tempos prevalecem por causa da memória e felizmente este coletivo está hoje sendo comprado nas bancas de jornal graças a iniciativa de Humberto Martinez que gerou a revista OLD GAMER, remontando parte daquilo que ainda discutimos. Melhor ainda, os emuladores de velhos consoles desenvolvidos para PC gratuitamente, nos aproximam em idade e conhecimento. Falaremos deles, dos jogos, das manias e do que mais nos vier à mente.

Imaginem que eu liguei o console e na tela preta subiu o logo retangular "PIXEL CLUB"...


Abraços a todos. Participem!